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“Todo Origami começa quando pomos a mão em movimento. Há uma grande diferença entre compreender alguma coisa através da mente e conhecer a mesma coisa através do tato.”
Tomoko Fuse

domingo, 6 de abril de 2008

As viúvas

Esse aqui também foi na oitava série, após a leitura de um texto, cujo título não pude encontrar, e se pedia uma releitura do tema, podendo-se utilizar informações do texto.

Mais uma vez cá estou me desculpando. Assim não está legal. Tenho que arrumar isso, mas não agora.

As Viúvas

Uma grande mudançã ocorreu comigo e com minhas colegas e vizinhas, Alessandra e Mineko. Todas éramos casadas, mas não muito extrovertidas*. Creio que fosse por sermos casadas com homens um tanto quanto “antigos”, se é que me entende. Nossas vidas eram monótonas, sempre do mesmo jeito. Nós limpávamos a casa, varríamos a rua, conversávamos e esperávamos nossos maridos. Todos os dias. Sem exceção.

Assim vivíamos, até que, por um acaso, nossos maridos resolveram sair juntos, para pescar em uma cidade vizinha. Infelizmente, durante seu regresso, perderam o controle do automóvel e caíram em um lago, onde morreram os três.

Após as cerimônias e um curto luto, nós todas mudamos muito.

Com a herança, cada uma de nós recebeu também uma mensagem, que jamais entenderia antes da fatalidade.

Eu ganhei uma grande e antiga penteadeira, que meu marido guardara na casa de sua irmã, Sebastiana. Olhando-me nela, recordei-me de algo que jamais deveria ter esquecido. O quanto fui e sou bela. Foi nesta mesma penteadeira em que guardei toda a tristeza dos anos em que estivemos juntos e o símbolo maior de todo meu sofrimento, o birote. É nela onde também deixo os batons que não posso carregar comigo e verifico o quão bela sou.

Com minhas amigas, coisas parecidas ocorreram. Todas lembramos coisas que ficaram por muitos anos escondidas de nossos corações. Mineko voltou a lecionar, e realizou seu maior sonho, conheceu a terra de seus pais, em uma viagem que fizemos juntas. Alessandra pôde finalmente livrar-se de suas roupas escuras e frias, e passou a usar belos e esvoaçantes vestidos, como em sua juventude.

Cada vez mais passo a crer que jamais tornaremos a esquecer o que redescobrimos dentro de nós, e também percebo que não voltarei a me casar, pois estou feliz, e agora.

*As partes sublinhadas foram alteradas durante a transcrição.

N.A. : O quinto parágrafo foi concebido totalmente na transcrição. Ele ficou melhor assim, deixou a história mais completa.

14/03/2006

Um comentário:

Anônimo disse...

Deixando pegadas e avisando.. voltei a locutar mas agora estou na Rádio Project =x

Comentário ao seu texto... viúvas espertas XD